Cultura de Elogio ou Burnout? Que ambiente você vivencia hoje?
Aproximadamente 64.900.000 resultados (0,57 segundos) esse é o número quando se pesquisa sobre Burnout no Google. Tema estudado e compartilhado pelas principais revistas de negócios e diversos podcasts nos últimos meses.
Mas o que é Burnout?
A síndrome de Burnout (do inglês to burn out, Algo como queimar por completo), também chamada de Síndrome do Esgotamento Profissional, foi assim denominada pelo psicanalista alemão Freudenberger, após constatá-la em si mesmo, no início dos anos 1970.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) incluiu a Síndrome de Burnout na nova Classificação Internacional de Doenças (CID-11). A decisão da OMS ocorreu durante a assembleia mundial da organização, que começou em 20 de maio, em Genebra, na Suíça. A inclusão oficialmente começa a valer em 2022.
Para entendermos um pouco mais sobre o assunto, citamos aqui dez estágios que levam ao Burnout:
- Dedicação intensificada – com predominância da necessidade de fazer tudo sozinho e a qualquer hora do dia (imediatismo);
- Descaso com as necessidades pessoais – comer, dormir, sair com os amigos começa a perder o sentido;
- Aversão a conflitos – o portador percebe que algo não vai bem, mas não enfrenta o problema (Procrastinação). É quando ocorrem as manifestações físicas;
- Reinterpretação dos valores – isolamento, fuga dos conflitos. O que antes tinha valor sofre desvalorização: lazer, casa, amigos, e a única medida da autoestima é o trabalho;
- Negação de problemas – nessa fase os outros são completamente desvalorizados, tidos como incapazes ou com desempenho abaixo do seu. Os contatos sociais são repelidos, cinismo e agressão são os sinais mais evidentes;
- Recolhimento e aversão a reuniões (recusa à socialização; evitar o diálogo e dar prioridade aos e-mails, mensagens, recados etc.);
- Despersonalização (momentos de confusão mental onde a pessoa não sente seu corpo como habitualmente. Pode se sentir flutuando ao ir ao trabalho, tem a percepção de que não controla o que diz ou que fala, não se reconhece). Mudanças evidentes de comportamento (dificuldade de aceitar certas brincadeiras com bom senso e bom humor);
- Tristeza intensa – marcas de indiferença, desesperança, exaustão. A vida perde o sentido. Vazio interior e sensação de que tudo é complicado, difícil e desgastante;
- Colapso físico e mental.
- Esse estágio é considerado de emergência e a ajuda médica e psicológica se torna uma urgência.
A quarta revolução industrial prometia automatizar de forma intensa várias atividades no trabalho, com isso os robôs ganhariam mais espaço e os humanos ficariam com as atividades mais analíticas e de habilidades mais humanas, sobrando mais tempo para lidar com uma rotina mais flexível e saudável, só que isso não aconteceu. =(
2020 será marcado por Burnout e esgotamento de trabalho.
72% da população brasileira tem uma sequela de estresse
30% sofrem Burnout
92% não conseguem trabalhar
49% sofrem depressão
Quem tem Burnout trabalha em média 5 horas à menos.
O professor de medicina da USP, Dr. Mário Louzã, fala do tripé: Características da personalidade, situações de vida da pessoa e condições de trabalho, sendo este último o principal fator.
Muitas vezes corrigimos o excesso de trabalho com muita cafeína, com pouca ou nenhuma atividade física e uma péssima alimentação, o que acaba impactando num corpo gritante. O Burnout não vem de uma hora para outra é importante escutar nosso corpo.
Algumas dicas para lidarmos no dia-a-dia:
- Nomeie o que está sentindo: pode ser ansiedade, desconforto, ou qq nome que queira dar.
- Monitore – tente descobrir quando e por que a ansiedade/depressão aparece
- Medite escaneando todo seu corpo da cabeça aos pés.
- Controle o que for possível
- Estruture seu tempo
- Faça ações pequenas e significativas
- Construa um sistema de apoio – familiares, amigos, terapeuta, coach, mentores, aliados, confidentes.
- Cuide bem de si mesmo. Lembre-se: Primeiro a Máscara de oxigênio em você e depois nos outros.
- RESPIRA, INSPIRA e NÃO PIRA
Quando falamos da cultura do elogio é aquele momento que olhamos para os talentos, para as coisas boas, para a performance e resultados e o que fazemos com tudo isso.
Fica uma reflexão para você: qual cultura você cultiva?