Gratitude

DISCUTIR A RELAÇÃO OU PERGUNTAR NA RELAÇÃO?

A proposta deste Quadrados de Conversa foi falar sobre Relacionamentos Saudáveis, trazendo um pouco da visão de Anthony Robbins sobre o assunto e um exercício de reflexão baseado em perguntas de Comunicação Não-Violenta.

Tema que sempre gera interesse, pessoas em busca de respostas, desejos de resolver conflitos, de lidar melhor com o outro.

Enquanto montávamos o roteiro deste encontro surgiu uma reflexão:

“O que pode fazer a diferença num relacionamento saudável é substituir a D.R. (Discutir a Relação) pelo P.R. (Perguntar na Relação)”

Em seu livro: Desperte o Gigante Interior, Anthony Robbins descreve 5 dicas, que traduzimos em perguntas poderosas, para nos relacionarmos com excelência:

  1. Quais são os valores e regras comuns e válidos numa relação? Quais são os limites acordados? O que é tolerado e não tolerado? Quais são os combinados entre as partes? Que assuntos estão claros e quais estão velados? Onde há relação, há possibilidade de conflitos por diferenças, por isso a necessidade de trazer clareza para o contexto. Podemos ter amor e admiração envolvidos sem precisar violar as regras acordadas.
  2. Como você encara o espaço do relacionamento: Como um lugar para ganhar ou um lugar para doar? O que você está disposto a partilhar? O que eu faço genuinamente para enriquecer a vida do outro?
  3. O quanto eu estou observando e dando atenção para os incômodos que podem surgir nos relacionamentos? O quanto eu estou pontuando, comunicando e discutindo sobre esses incômodos para que não entrem numa espiral crescente, de resistência, ressentimento, rejeição e repressão, alcançando um torpor emocional e físico?
  4. Diante de tantas urgências e prioridades, que atenção, tempo e tratamento eu tenho dado aos relacionamentos? Qual o melhor equilíbrio entre tantas possibilidades e exigências?
  5. Onde está o foco de melhoria nas minhas relações? Em fazer diferente, deixar de fazer certas coisas com foco na solução e na melhoria, ou prefiro pensar em “como seria se eu terminasse ou finalizasse essa relação”? Anthony Robbins alerta para o perigo de ameaçarmos inconscientemente aquilo que já temos e não nos esforçarmos em pensar em como trazer soluções.
  6. O que podemos fazer para evitar o hábito e a rotina, para acrescentarmos surpresa e variedade para os nossos relacionamentos? Será que estamos abertos para o jogo? Abertos para propor e experimentar coisas novas?

A chave para que isso tudo flua de uma maneira saudável tem muito a ver com o tipo e a qualidade da comunicação e vocabulário que podemos utilizar, buscando nos conectar ao outro de uma maneira mais verdadeira, num maior nível de compaixão.

COMPAIXÃO: É compreender o outro em seu próprio coração. É trazer à tona a tolerância e o amor que cura e restaura. É unir-se ao outro. É saber-se igual. É sentir o outro em sua condição humana. É o aceitar, respeitar e aconchegar

Ao final do encontro propusemos um exercício com 4 perguntas, levando em consideração uma pessoa específica, que considerassem importante no relacionamento diário (família, cônjuge, amigo, companheiro de trabalho, chefe etc.), são elas, baseadas no trabalho de Marshall Rosenberg:

  1. O que essa pessoa escolhida faz que torna a sua vida menos maravilhosa para você?
  2. Quando ela faz isso, como você se sente?
  3. Quais necessidades suas não estão sendo atendidas?
  4. O que ela poderia fazer para que seus sonhos mais maravilhosos se realizem?

O ideal é que, sempre que desejemos, façamos estas perguntas para as pessoas de nosso círculo de relacionamentos, para que haja clareza em como podemos enriquecer as vidas uns dos outros.

Concluindo: Não há relacionamento saudável sem comunicação e não há comunicação num relacionamento doente. Perguntar é trazer a verdade do outro! E você, como está cuidando dos seus relacionamentos? Reflita sobre as dicas e utilize as perguntas acima. Depois conta pra gente como foi o processo. Até o próximo encontro!