Em nosso último encontro de Quadrados de Conversa, trouxemos o tema:
“As 3 Dimensões da Empatia” para discussão e práticas.
E por que trazer este tema à tona? São várias as respostas:
1-) Porque é uma das Top 10 habilidades do futuro no trabalho;
2-) Porque é “difícil pra caramba” ser empático nos dias de hoje;
3-) Porque, embora desafiador, o exercício da empatia pode ser mais simples do que imaginamos, mas requer 3 P’s: Presença, Prática e (muita) Paciência;
4-) Porque é um dos trending topics mais acessados no site da Gratitude: “o que é empatia”; “como ser empático”, “liderança e empatia”, “jogos e dinâmicas de empatia”, etc.
E quais são as 3 Dimensões da Empatia?
AUTOEMPATIA – O que você faz diz muito sobre o que você sente!
Nesta primeira dimensão nos deparamos com o quão somos curiosos e atentos acerca de nós mesmos.
Quantas vezes ao dia eu paro para monitorar meus sentimentos, o estado de meu corpo físico, os sinais de cansaço, de desmotivação, as dores, inclusive meus pensamentos?
O quanto conseguimos acolher aquilo que acontece lá dentro da gente? Diante do incômodo, eu consigo identificar necessidades não atendidas ou me perco num emaranhado de sinais que não aprofundo o entendimento consciente?
É mais fácil direcionar o olhar para o outro, para o externo. Nem sempre estou afim de olhar para as minhas vulnerabilidades.
Para isso, sugerimos o monitoramento através das listas de Sentimentos e Necessidades da Comunicação Não Violenta ou qualquer outro Emocionário, para ajudar nesta prática empática silenciosa.
Falamos também sobre os 4 Obstáculos à Autoempatia, registrados em outro texto de nosso blog.
Se eu não desenvolver esta primeira dimensão, dificilmente terei um bom desempenho na …
…EMPATIA
“Empatizar é ser vulnerável. É reconhecer as fraquezas e forças dentro de si mesmo e do outro. É parar de ver as pessoas como vítimas ou ameaças.” – Brené Brown
Nesta dimensão: EU e o OUTRO, exploramos as possibilidades de conexão e sugerimos a Escuta Ativa como uma ferramenta que facilita entender o que se passa além do que está acontecendo na superfície, ultrapassando camadas para acessar o que sentimos lá no fundo e gerar novas conexões.
O quanto somos curiosos em relação ao outro? O quanto nos colocamos presentes e à disposição para ouvir, entender, acolher, compartilhar e contribuir com algo significativo para o outro?
Empatizar com quem já temos simpatia é muito fácil. Mas e com quem nós discordamos em opiniões: políticas, religiosas, esportivas, diversidade, inclusão?
Qual é a sua predisposição e curiosidade para dar espaço e tempo àquele com o qual não nutre simpatia ou concordância? Que oportunidades você cria para buscar entendimento e conexão?
Lembrando que ninguém é obrigado a concordar ou aceitar, mas seria muito bom se pelo menos buscássemos entender as razões e intenções alheias, antes de julgar, rotular ou até mesmo apelar para o cancelamento.
EU-COMIGO, EU-CONTIGO, EU E O MUNDO…
“Nenhum de nós é mais inteligente do que todos nós juntos.”
Nesta terceira dimensão, exploramos nossa relação ou estratégia empática com o mundo e sugerimos a seguinte pergunta aos participantes:
Se você tivesse o poder de mudar tudo no mundo, o que mudaria primeiro?
Individualmente as respostas vieram:
– Intolerância
– Guerras
– Educação
– Desigualdade
– Destruição ambiental
Todas as respostas válidas, todos os assuntos relevantes, mas…
…Em que momento os participantes cogitaram a possibilidade de entender o que era importante e prioritário para o COLETIVO?
Fichas começaram a cair… para os mais velhos. O sinal de wi-fi desabou… para os mais novos.
Diante da pergunta, NINGUÉM sugeriu que talvez a maior mudança seria sobre a capacidade das pessoas de se conectarem empaticamente para decidirem o que seria mais impactante e importante para a coletividade.
Todo mundo trouxe aquilo que era relevante para a sua própria realidade, de acordo com a sua visão de mundo.
Para ajudar a repensar esta dimensão coletiva da empatia, deixamos no ar outra pergunta, que recomendo aos leitores pensarem a respeito:
Se a raiz do desequilíbrio do mundo está na desconexão entre as pessoas, ou melhor, na falta de empatia entre elas…
QUAL É A SUA ESTRATÉGIA EMPÁTICA PARA MUDAR POSITIVAMENTE O QUE ESTÁ AO SEU REDOR?
Ser empático nunca foi fácil, mas plenamente viável.
Quer aprender com a gente? Nós queremos aprender com todos vocês!
Agradecemos pela participação e pela leitura e aguardamos seus comentários e contribuições para que a discussão continue.