Semana passada realizamos mais um encontro de “Quadrados de Conversa” abordando a trilha sobre Comunicação Consciente no ambiente de trabalho.
O foco do trabalho foi sobre como lidar com nossos inimigos. E sim, esse tema, num primeiro momento, gerou um certo desconforto. “Como assim? Eu já chamo o outro de inimigo? Eu crio essa imagem do outro?”
Conversando com o André, meu sócio, entendi que todos nós nascemos julgando, que o tempo todo criamos histórias e rótulos sobre os outros, acionamos nossas crenças e muitas vezes criamos defesas para lidar com esta imagem construída do outro. Ou porque ele é chato, piadista, exibicionista, “um mala”, agressivo, inteligente demais, burro demais…
Assim, vamos criando uma imagem de inimigo em relação ao outro e como defesa afastamos, ignoramos, evitamos ou até mesmo cancelamos essa pessoa.
Porém, estamos no ambiente de trabalho, e agora? O que eu faço? Eu mudo de trabalho ou eu aprendo a ter um diálogo e uma comunicação mais consciente? É possível isso?
Sim, é perfeitamente possível!
O primeiro passo é baixar o nosso julgamento e interpretação.
É olhar para o outro como uma pessoa. Tirar o rótulo, humanizando o outro.
Depois, entendemos nossos pensamentos, sentimentos e quais necessidades buscamos atender rotulando a imagem de inimigo.
“ Você recebe o que vê.” – Marshall Rosenberg
Quando mudamos nosso olhar, abrimos outras oportunidades e formulamos novas formas para explorar o diálogo, mudamos nossas intenções e, consequentemente, nosso estado mental, sentimentos e pensamentos.
Alteramos nossa expressão facial, o ritmo de voz, o tom, a forma.
Desta forma, conseguimos nos abrir para um diálogo mais interessante e consciente.
Lendo a respeito, como você avalia as imagens de inimigo nas suas interações, nos seus diálogos? Você é capaz de identificar os rótulos e como seu comportamento e disponibilidade mudam de pessoa para pessoa?